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Atualizado: 17-01-2025 | Tempo de leitura: 2 minutos

Mais da metade das crianças vive em situação de pobreza na Bahia

Mais da metade das crianças vive em situação de pobreza na BahiaEm 2023, mais da metade de crianças e adolescentes viviam com alguma privação na Bahia. São 2,4 milhões de meninos e meninas, entre 0 e 17 anos, que possuem algum tipo de restrição ou não têm direitos básicos, como acesso à educação, água e saneamento - o segundo maior número do país, atrás apenas de São Paulo (3,3 mi). Os dados são do estudo Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil – 2017 a 2023, divulgado pelo Unicef na última quinta-feira (10).

O relatório foi elaborado com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) e analisa sete dimensões básicas de direitos: renda, educação, informação, água, saneamento, moradia e proteção contra o trabalho infantil. A dimensão de alimentação também foi avaliada a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Esta é a quarta edição desta pesquisa.

Os piores índices da Bahia estão relacionados com a educação e o trabalho infantil. O estado ocupa a vice-liderança nos dois pilares. Ao todo, 364 mil pessoas, entre 0 e 17 anos, sofriam restrição na educação - não frequentavam a escola ou frequentavam com atraso. No total, 112,4 mil pessoas dessa faixa etária exercem algum tipo de trabalho infantil.

No quesito moradia, a Bahia ocupa a quarta posição: 212 mil crianças e adolescentes tem privação intermediária. Ou seja, residem em com até quatro pessoas por dormitório, ou em moradia cujas paredes e teto são de material inadequado (ex. madeira aproveitada).São Paulo (800 mil), Rio de Janeiro (335 mil) e Pará (265 mil) completam a lista.

Quando o assunto é saneamento básico, os índices também não alarmantes. O estado baiano tem o segundo pior número, com 1,4 milhão com restrição intermediária. Isso significa que pessoas entre 0 a 17 anos residem em moradinha com banheiro compartilhado com pessoas de fora do domicílio ou com fossa rudimentar. Só está pior que a Bahia, o Pará, com 1,69 milhões de crianças e adolescentes nesta situação.

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