Moradora de Serrinha é vítima de golpe e perde quase R$ 3 mil ao tentar ajudar marido internado em UTI
Uma moradora de Serrinha caiu em um golpe e transferiu quase R$ 3 mil após receber ligações de um homem que se passava por médico. O suposto profissional alegou que o valor era necessário para custear medicamentos do marido da vítima, que estava internado no Hospital das Clínicas em Salvador.
O drama começou no dia 6 de janeiro, quando o marido da mulher deu entrada na unidade hospitalar. Nove dias depois, ele passou por uma cirurgia cardíaca e foi encaminhado para a UTI. No dia seguinte ao procedimento, a vítima recebeu uma ligação do homem que se identificou como "Carlos Eduardo". Ele informou que o paciente havia contraído uma "bactéria generalizada" e que a hospitalização não cobria os custos do tratamento.
Em um primeiro contato, o suposto médico solicitou R$ 1.980 via pix para a compra de medicamentos. Após a transferência, ele alegou um erro na cobrança e pediu mais R$ 1 mil. A pressão emocional foi intensa, com o homem afirmando que a vida do marido estava em risco. Em um segundo contato no mesmo dia, solicitou mais R$ 1.550, argumentando que a dose anterior não havia sido suficiente.
Desconfiada das constantes solicitações, a mulher decidiu interromper o contato e foi até o hospital para verificar a situação. Foi lá que descobriu ter sido vítima de um golpe.
A mulher registrou um Boletim de Ocorrência (BO) e fez uma denúncia à ouvidoria do Hospital das Clínicas. A Polícia Civil já está investigando o caso.
“Ele disse que quando há vida, há esperança, que a bactéria estava se alastrando pelo corpo do meu marido e que ele poderia vir a óbito. Aí eu peguei e fiz”, desabafou a vítima.
O Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes-Ufba/Ebserh) divulgou uma nota alertando sobre o golpe e reafirmou que todos os serviços prestados são gratuitos, conforme as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). A gestão do hospital recomendou que as pessoas não façam pagamentos em nome da instituição e orientou que qualquer pedido suspeito seja registrado na polícia.
Além disso, o hospital realiza campanhas informativas sobre a gratuidade dos serviços através de seus canais oficiais, buscando proteger os pacientes e seus familiares de fraudes.