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Atualizado: 18-03-2025 | Tempo de leitura: 3 minutos

Família questiona resultado de investigação sobre menino que despareceu em Itiúba

Família questiona resultado de investigação sobre menino que despareceu em ItiúbaA mãe do menino Davi Lima, que ficou quase quatro anos desaparecido na cidade de Itiúba, não acredita na versão do inquérito policial divulgado nesta terça-feira (18). Segundo a Polícia Civil, o menino de 12 anos se perdeu na mata e morreu de causas naturais ou devido a algum acidente. Ou seja, não houve crime.

"Sinceramente, para mim tem alguma coisa que não está se encaixando", afirmou a fotógrafa Lilia Lima, mãe de Davi. O menino foi visto pela última vez em 28 de março de 2021, na cidade de Itiúba, enquanto passava as férias com a avó. 

Apesar de terem sido feitas buscas com cães farejadores, drones e helicópteros, nenhum rastro do menino foi achado durante quase quatro anos. Somente em novembro de 2024, a ossada do garoto foi encontrada por vaqueiros em uma área de difícil acesso. Para Lilia Lima, esse é um dos pontos que não fazem sentido nas investigações.

Na apuração policial, acredita-se que o menino se perdeu no local e morreu de causas naturais ou devido a algum acidente. Para a mãe do garoto, essa versão não faz sentido, pois Davi foi procurado no local onde a ossada foi achada.

"O local onde foram encontrados os restos mortais dele, a gente já tinha ido lá. Além disso, muita gente diz que foi até lá, que procurou, então é impossível ele ter chegado lá, ficado durante quatro anos e ninguém ter encontrado, ninguém ter achado nada", afirmou.

Ao longo das buscas, uma sandália de Davi foi encontrada numa área de vegetação. No entanto, os bombeiros deduziram que o calçado foi implantado no local. Primeiro, porque várias pessoas passaram por lá antes e não viram o item, e também porque os cachorros foram até a sandália e voltaram, apontando que o cheiro de Davi não prosseguia para a mata.

Para a mãe de Davi, esse é mais um indício de que faltam peças importantes no esclarecimento do caso. Além disso, ela apontou divergências nos depoimentos das testemunhas que oram ouvidas no caso.

"Não vou aceitar, porque existe muitas contradições nos depoimentos, existe a sandália dele que foi plantada no local, que a gente já tinha passado e a sandália não estava", disse.

A polícia ainda destacou que dezenas de testemunhas foram ouvidas e que foram feitas perícias em vestígios deixados no local do desaparecimento. A Delegacia Territorial de Itiúba, a 19ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Senhor do Bonfim, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP) e o Departamento de Polícia do Interior (Depin) participaram da investigação.

Após a conclusão, o procedimento foi encaminhado ao Poder Judiciário em 14 de março, para avaliação e manifestação do Ministério Público.

A mãe do garoto informou que vai solicitar que a Polícia Federal investigue o caso. * Matéria publicada originalmente no g1 Bahia

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